O Plantador de Esperança

Aquele que sorri com os olhos vermelhos de lágrimas, que tem no rosto marcas profundas de angústias curtidas num, sempre, solitário silêncio; aquele que, envergonhado, logo se emociona quando, após a chuva, vê algumas flores, ainda molhadas, crescendo e glorificando a vida; aquele que já se acostumou a afagar mãos para dar ajuda no caminho, entretanto não guarda essas mãos para si, sabe que as mãos são asas... e asas precisam voar!

Aquele que sempre pára e conversa com quem está a margem da estrada, que faz uma fogueira e suporta a noite ao lado dele, confiando que, pela manhã, não caminhará mais sozinho, ao contrário, os dois andarão lado a lado, sabe que até os passaros perceberão a alegria...

Aquele que enxuga as lagrimas dos pequenos, aquece o coração dos que sentem frio, conforta os corpos que setem dor. Aquele que pensa que o mar e o vento, mesmo na cidade, fazem canções... belas canções!

Ele caminha sempre, sorri sempre um sorriso claro, largo, sinceramente. Abre portas que costumam estar emperradas, ampara pessoas que costumam ser empurradas...

E se enche de luz! Espalha essa luz e plenifica o amor em tudo que o cerca...

As lágrimas são doces, as marcas no rosto são carícias da vida, o silêncio se torna cada vez mais eloquente, porque a energia de ser flui em suas veias, porque a vontade de sem pre ir mais adiante suplanta o medo de emocionar-se...

Sua vida tem razão!

É um plantador de esperança!

É, por que não (?) VOCÊ!

(By professor Antônio de Gouveia Rodrigues/CMM/2007)