20/04/2009


Porto Seguro


O que fizeste a ti,

Meu ardoroso Drago
Fogoso aliado de têmporas ardentes.
Chora ora calado,
Perdido no ombro
De tua distante senhora.


De olhos fechados
Como cheios por dentro de luz negra,
Teu corpo ao dela
Adaga fere e estanca,
A dor da loura cabeleira
Sempre abençoada,
Por tua terna vigilância.


Retorne a vida doce náufrago,
Pois teu corpo místico clama a aurora.
Desperte minha Ninfa
Torpe pelo fumo e neblina,
Que adormecida
Floresce em brotos de primavera
Seus lírios e sonhos de criança.


Faz rugir teu grito celeste
Contra todas pedras
Que nossa senhora,
Com medo se abriga e chora.
Infla com ventos quentes suas velas
Para que seu carinho e lembranças
Se recolham novamente,
No porto seguro
De meus braços.


[William José Carlos Marmonti]

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